I. Simples versos para a mais bela flor
Graças e louvores, hoje, a Deus dou,
Minha poesia, hoje, alegre canta,
Se me fosse possível música compor,
Comporia a mais bela sinfonia;
Dada minha incapacidade para tal,
Arrisco-me a fazer os mais sinceros versos.
Primavera fez-se o inverno nesse dia,
Dia que a mais bela flor nasceu,
Jardim mais belo floresceu:
Melina – jardim de Deus.
Neste poema de pouco ritmo,
Desejaria eu pôr variável ritmo
Que nasce em cordas de tecido tecidas,
Que nasce nas cordas do coração,
Com vigor de uma vida,
Vida agraciada e adocicada
Com doce Mel, doce irmã.
Singular pessoa em quem me espelho,
Em quem espelhar busco muito além
Da belíssima aparência.
À minha amada irmã, hoje, dedico
Incomensurável, infindável amor.
Desejaria, ainda, houvesse uma rosa
Que murchar não pudesse para dar-lhe,
Como esta não existe, em metáfora
Resolverei eu; dedico, portanto, hoje,
Rosas perpétuas ao mais belo jardim!
II. Jardim de Deus
Ó, que amável jardim, este que vejo e pronuncio,
Que belas são suas flores em primaveras,
Que por tantas delas já passaram e, agora,
Em fulgor, mais uma alcançam. Já
Tem sido, desde antes da primeira folha, amado
Pelo Senhor que o criou, e lhe pôs nome;
Sabe Ele, apenas, quantas primaveras,
Verões, outonos passarás.
Ó, amável jardim, que tua árvore-vida
Seja sempre curvada, como no inverno a árvore
Ao vento da tempestade, ao doce sopro,
Ao Suave perfume de seu Senhor.
E, quer inverno ou outono, verão, primavera,
Exales este perfume suave,
Que nem rosa mais doce consegue exalar.
Feliz aniversário, minha linda irmãzinha! Que o Eterno e gracioso Deus continue te abençoando e te enriquecendo com o supremo tesouro, o conhecimento de Cristo.
Tarciso Rodrigues Martins